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Cinemática do trauma: o que é preciso saber?
A cinemática do trauma é o processo de avaliação da cena do acidente para que, por meio dela, seja possível determinar os ferimentos resultantes das forças e movimentos envolvidos, bem como estimar a gravidade das mesmas, inclusive os ocultos.
Dessa forma, essa etapa é crucial para o encaminhamento da vítima e a definição do tratamento a ser adotado, pois determinará o resultado que o corpo sofreu no acidente. Além disso, nesse momento, o atendimento pré-hospitalar é ainda mais essencial.
Devido à sua importância, muitos profissionais buscam saber mais sobre esse processo. Saiba mais um pouco sobre o assunto neste post.
Continue a leitura!
Qual a importância do cinemática do trauma?
Como vimos acima, a cinemática do trauma é a análise das condições em que ocorreu o acidente. Por isso, é primordial estudar a cena e considerar, entre outros fatores, a direção do impacto, a velocidade, o tamanho do paciente e os sinais de liberação de energia.
A partir do histórico levantado, por entrevista de testemunhas ou observação, o socorrista do atendimento pré-hospitalar pode prever os possíveis ferimentos e seus possíveis tratamentos.
Algumas observações são muito comuns, tais como:
- Deformidades do volante do veículo, sugerindo trauma torácico;
- Quebra com abaulamento circular do para-brisas indicando o impacto da cabeça, parecendo lesão cervical e craniana;
- Deformidades baixas do painel de instrumentos, apontando luxação do joelho, quadril ou fratura de fêmur.
Além disso, é fundamental analisar:
Danos no veículo
Quanto maior o dano, maior a gravidade das lesões.
Distância de frenagem
Quanto maior, menor foi o impacto da batida e menor será a gravidade das lesões.
Posição do corpo das vítimas
Vítima ejetada tem lesão mais grave que aquela que permanece dentro do veículo, por exemplo.
Uso do cinto de segurança
A vítima que não fazia uso do cinto no momento do acidente tende a ter mais lesões e mais graves.
Uma das principais finalidades dessa etapa é no diagnóstico de lesões ocultas, ou seja, as hemorragias internas. Consideram-se, ainda, que as implicações do impacto podem ser tanto locais quanto em várias regiões do corpo (sistêmicas), sendo nesse caso chamado politrauma.
É importante ressaltar que as informações coletadas são utilizadas para conduzir as ações pré-hospitalares na fase de pós-impacto. Ou seja, o sucesso do tratamento depende de uma boa observação inicial.
Princípios fundamentais!
Antes de compreender o trauma e o seu mecanismo é preciso conhecer os seus princípios fundamentais, assim como as leis básicas da física. Confira!
Primeira Lei de Newton
De acordo com Newton: “Todo corpo em movimento ou em repouso tende a permanecer neste estado, a não ser que uma força externa haja sobre o mesmo.”
Lei da Conservação da Energia
A energia não pode ser criada nem destruída. No entanto, é possível que mude de forma.
Cavitação
É o deslocamento violento dos tecidos do corpo humano para longe do local do impacto, devido à transmissão de energia, formando uma cavidade. Isso acontece quando o corpo, se movimentando, se choca contra alguma coisa estática.
Além disso, a cavitação pode ser temporária quando ocorre o estiramento do tecido, mas a sua elasticidade é conservada. Aparece no momento do impacto, podendo retornar espontaneamente à condição normal. Entretanto, no caso de laceração, é denominada cavitação permanente ou definitiva.
Transferência de energia
A quantidade de energia que pode causar danos ao corpo, muda de acordo com o órgão impactado. Afinal, quanto mais denso, maior o número de partículas atingidas.
Portanto, é de suma importância a ação de socorristas devidamente especializados em cinemática do trauma.
Gostou do nosso post, não é mesmo? Compartilhe porque essa informação é muito valiosa! Lembre-se que essa é uma ótima forma de estar preparado para as complicações e cuidar de quem você ama. E se precisar de atendimento, conte com os planos da Dez Emergências e venha fazer parte dessa parceria que salva vidas.
Até o próximo artigo! 🙂